Ouvido

  • Tontura e zumbido podem ter inúmeras causas, desde doenças do próprio ouvido até afecções sistêmicas. 
  • Dentre as causas otológicas, encontramos: cerume, otite média crônica, síndrome de Meniere, schwannoma vestibular (neurinoma do acústico), otosclerose, entre outras. Em contrapartida, a tontura e zumbido podem ser consequências de outras doenças, como diabetes, hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia, hipotireoidismo e hipertireoidismo, disfunção da articulação temporo-mandibular.
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  • A perda auditiva pode ser congênita ou adquirida. A triagem neonatal de perda auditiva é realizada ao nascimento já na maternidade, através do exame emissões otoacústicas, fazendo parte dos testes de triagem neonatais obrigatórios. Já na perda auditiva adquirida, o paciente vem com queixas subjetivas de plenitude auricular, hipoacusia ou zumbido, que podem ser de início gradativo ou súbito. 
  • Toda perda auditiva precisa ser investigada. O exame inicial mais comum e acessível é a audiometria, que irá constatar o grau e tipo da perda auditiva.
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  • Otite média crônica é a infecção crônica do ouvido médio: membrana timpânica, cavidade timpânica, osso da mastóide. Podem cursar com perfuração da membrana timpânica, otorréia (secreção do ouvido) recorrente, perda auditiva, tontura, plenitude auricular e zumbido.
  • O tratamento  é baseado no tratamento cirúrgico e medicamentoso.
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  • A perfuração timpânica pode decorrer de otite média crônica, otite externa aguda recidivante ou traumas externos. Dentre os traumas externos, se encontram: perfuração por objetos (ex: cotonete), acidentes (trauma cranioencefálico) que cursam com fratura do osso temporal, complicações de procedimentos otológicos.
  • A otite externa aguda é a infecção da pele do conduto auditivo externo, de causa bacteriana. Fatores de risco: entrada de água contaminada (piscina e praia), manipulação frequente dos ouvidos, dermatite crônica, uso abusivo de fone de ouvido. Os sintomas mais comuns são otalgia (dor de ouvido) e otorréia (secreção do ouvido). É importante a limpeza da secreção e debris do conduto auditivo externo, realizado em consultório, para melhor ação dos medicamentos em gotas otológicas. Em alguns casos, associa-se anti-inflamatórios e anibióticos via oral.
  • A paralisia facial periférica acomete toda a hemiface, podendo ser leve até total (perda total da movimentação da musculatura facial). Ela é causada pelo acometimento do nervo facial, que possui parte de seu trajeto no osso mastoídeo. Dentre as causas estão infecções virais (ex: herpes zoster e herpes simples), tumores do ângulo ponto-cerebelar (ex: neurinoma do acústico), otite média crônica, e idiopáticas (sem causa definida após investigação).
  • O diagnóstico precoce é fundamental, pois o sucesso do tratamento depende do início precoce do uso dos corticosteróides, principal medicamento no manejo da paralisia. 
  • Em casos de recuperação lenta ou sequelas, pode-se indicar fisioterapia facial (evitando crioterapia e estimulação elétrica). O tratamento cirúrgico é reservado para casos de paralisia total sem melhora com medicamentos ou em casos de fratura do osso temporal.
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  • O cerume ou cera de ouvido, é produzido pela própria pele do ouvido. Possui ação antibacteriana, antifúngica e lubrificadora da pele. No entanto, quando produzida em muita quantidade, pode obliterar o conduto auditivo externo, provocando plenitude e dor. A remoção do cerume é realizada no consultório do otorrinolaringologista, por meio de curetas, pinças, aspiração ou lavagem otológica. 

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